Veja alguns cantores que passaram pela Expocristã
Num estúdio de rádio cheio, dezenas de jovens registram com celulares o pequeno show no Expo Center Norte, em São Paulo, na tarde de quinta-feira. No palco, se destacam as vozes afinadas de Thalles Roberto e Mariana Valadão. Ele, ex-backing vocal do Jota Quest. Ela, talento revelado pelo grupo Diante do Trono, da Igreja Batista da Lagoinha. Ícones de um mercado exigente e peculiar, que movimenta R$ 1 bilhão por ano no país, ambos representam o anti-estereótipo do evangélico que existe no subconsciente de alguns, mas que já começa a despertar o interesse de empresários não cristãos: um público que tem ídolos próprios e gosta de inovação e qualidade.
- Vendi 50 mil cópias em oito meses! - comemora Thalles, que recebeu, junto com Mariana, o disco de ouro das mãos de Ana Paula Porto, gerente executiva da Graça Music pelo CD "Na sala do pai", na Expocristã, maior evento do setor na América Latina.
Para Eduardo Berzin Filho, dono da EBF Comunicações, empresa que criou e organiza a feira há nove anos, é o desconhecimento sobre o perfil deste público que leva a um falso estereótipo.
- Tem muito mais evangélicos nas classes A,B e C do que na D e na E, como muita gente imagina. O poder de consumo é muito grande - explica Eduardo, que viu a feira crescer de 56 para 315 estandes neste período.
Cassiane só fica atrás de Roberto Carlos
A Sony Music percebeu o filão e criou, em janeiro, um departamento gospel, tendo Cassiane como artista principal. O assédio dos fãs da cantora diante do estande da gravadora, estreante na Expocristã, foi uma resposta ao investimento. Em agosto, mês de lançamento do "Viva", primeiro CD dela pelo selo, foram vendidas 130 mil cópias. A Som Livre, que também investe no segmento, foi outra que colocou estande pela primeira vez no evento.
- É um mercado crescente, com potencial. Em agosto, a Cassiane foi o segundo artista que mais vendeu na Sony. Só perdeu para o Roberto Carlos. Nossa meta era a de nos tornarmos a terceira gravadora do setor, em um ano e meio. Em oito meses, no entanto, já somos a segunda -revela Maurício Soares, diretor executivo do departamento de música gospel da empresa.
Para o estudante Fábio de Jesus Silva, de 18 anos, que visitava a Expocristã pela primeira vez, em busca de um autógrafo de Cassiane, a feira representa identificação:
- Achei muito legal, porque me identifiquei. Os evangélicos também precisam ter um lugar. Todo mundo tem. Por que nós não podemos?
Fonte: Jornal Extra http://bit.ly/a1vy4r
Postado por Edmilson Severino
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